domingo, 30 de novembro de 2014

Casamento sem Sexo: Quando o marido não a procura…

Os estudos realizados no Brasil e em Portugal revelam que as mulheres estão insatisfeitas sexualmente com os seus parceiros. Estas mulheres têm relações sexuais menos de dez vezes por ano.

Para a grande maioria das mulheres que casam, ser feliz no casamento implica uma vida sexualmente satisfatória.
Mas o que é uma vida sexualmente satisfatória? Por muito de subjectividade que pode ter esta questão, pois tem a ver com a expectativa de cada um, tentarei de seguida dar vos uma noção.
Através dos estudos realizados por questionário a várias mulheres: uma vida sexualmente satisfatória deve-se a três principais componentes: preliminares, orgasmo, e frequência de actividade sexual.
Os estudos realizados no Brasil e em Portugal revelam que elas estão insatisfeitas sexualmente com os seus parceiros. Estas mulheres têm relações sexuais menos de dez vezes por ano.
Os problemas do casal podem ser variados, mas o sofrimento pode ser para ambos. O número de casais que procura Terapia de casal para avaliar e tentar solucionar o problema, tem aumentado.
O importante é conhecer as dificuldades para facilmente tentar ultrapassa-las.
Libido
Os factores de predisposição para a ausência de desejo sexual surgem de quatro grandes áreas: A pessoa; A família de origem (factores transmitidos através das gerações); A relação do casal ou Aspectos clínicos.
Autoconfiança
A autoconfiança é um ingrediente importante para que haja atracção mútua. Caso o toque ou as conversas íntimas tenham ficado para os primeiros anos de namoro, a situação pode ficar descontrolada. Pois a vergonha, um sentimento de culpa ou a dificuldade de como dar o primeiro passo torna-se o grande problema
Sentimentos negativos
Numa situação que já se prolonga, a frustração transforma-se em raiva quando a mulher não consegue obter o que deseja. A raiva faz com que ela fique ressentida com ele, diminuindo a qualidade da relação do casal, tal como um círculo vicioso. As consequências deste jogo de “só te dou, se me deres” podem ser mais profundas do que uma mera insatisfação sexual.
Medo de terminar a relação
Muitas mulheres fixadas no homem dos seus sonhos, presas a um casamento idealizado e medo de um divorcio ficam com uma atitude demasiado passivas, pois o querer agradar é tanto que se esquecem delas próprias. O homem aos poucos dá por sí com uma mulher que estará sempre ao seu dipor, que não diz “não” a nada. Quando a própria mulher se despreza dessa forma, fará o homem…
A cobrança
Numa tentativa de mudar o comportamento do seu parceiro por vezes refere a falta de sexo que tem tido levando-o a um sentimento frustração ou vergonha. Esta cobrança por vezes é em grupo, o que pode levar ao abismo da relação. Quando cobra o seu parceiro, está a estabelecer uma relação de stress. Caso esses momentos se repitam o seu companheiro irá associar o estímulo sexual que era positivo a negativo e stressante, o que o afastará. O sentimento de excesso de controlo afasta o outro.
Onde procurar ajuda? Com quem devo falar? Com a mãe, irmão, irmã, amigos, um psicoterapeuta de casal? O seu parceiro acompanhá-la-ia? É importante não envolver os seus filhos! Mas tem de falar com alguém porque guardar o problema só para si é pior do que o problema propriamente dito.
Para encontrar uma solução é crucial ir ao cerne da questão. Deve ter uma certa cautela quando lidar com o problema porque uma abordagem errada pode fortalecer o círculo vicioso e levar à rotura. Já não se sente atraída pelo seu parceiro ou haverá algum problema mais sério na relação que se esteja por detrás da vida sexual?
Na verdade, a falta de sexo é a causa de todos os problemas que daí advêm, e a impossibilidade de a resolver pode ser o motivo do divórcio. Nas relações interpessoais os ciclos viciosos ocorrem sem que os intervenientes se apercebam.
Quanto tem noção do que se passa, o problema assume novas dimensões. O círculo vicioso pode ser quebrado quando se tem consciência dele.
Em Psicoterapia é importante que o casal fique com consciência do seu problema e da personalidade real de cada um aceitando-se um ao outro com as suas potencialidades e dificuldades. Uma terceira pessoa pode dar-lhe uma visão diferente da situação e ajudar a descobrir o que vos sufoca, melhor do que uma pessoa da família, que está envolvida pelos laços da relação, e que pode tirar partido de um dos lados.
Numa segunda sessão o terapeuta avalia a relação com escalas de avaliação. Uma avaliação global da personalidade também é importante para que ambos ( psicoterapeuta e casal) saibam qual irá ser o caminho mais fácil a seguir.
Ao longo das sessões são abordadas as visões de cada um, desconstruindo-se a culpabilização mútua e abrindo espaço para a reflexão da relação que tem vindo a ser tecida entre o casal.

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